Eu?

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o outro.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

doce vida

Bem que as bombas poderiam ser todas de chocolate.
Recheadas com explosivo para espalhar corpos pela cidade.

Então, todas as guerras seriam de travesseiro.
Com cacos de vidro para sangrar o seu traseiro.

No meu mundo perfeito, as lágrimas seriam de framboesa.
Envenenadas para matar o padre e toda a igreja.

No meu pequeno planeta, toda a família teria direito a uma nega maluca por dia.
Elas estrangulariam as crianças lentamente, em profunda agonia.

Na minha realidade, as balas de todas as armas, seriam de caramelo.
Duras o suficiente para estourar dentes, sem precisar recarregar o pente.

Mas isso não passa de um sonho, lindo e cremoso.
Feito da podridão da carne de um gordo leproso.

beijos adocicados :)

sábado, 20 de novembro de 2010

O dia em que a terra parou

Foi numa manhã de domingo, num dia lindo. A menina mais linda da agência me olhou. Meu mundo parou. Não podia acreditar. Ela era mais encantadora que uma sereia do mar. Seus olhos eram negros como uma pérola, aquela difícil de encontrar.
Daria meu castelo se a pudesse beijar. Mulher igual a você, nesse mundo não há. Aceita comigo casar?

Mas o que realmente me impressiona é o teu gosto musical. Nunca vi menina igual.
Blind Melon, Stones, Black Crowes. E ela ainda ouve ramones. Vai ver é por isso encanta tantos homens.
Sei que não tenho a menor chance. A paixão platônica está ao meu alcance. Estou acostumado a amar de longe. Amo através de oceanos, e do velho mundo espero uma novidade que me faça feliz, por anos. Mas uma coisa eu posso te dizer, e prometa que jamais vai esquecer: se um dia ficarmos juntos, nem o fim dos tempos vai nos deter. Elaine, eu amo você.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Amor com o crucifixo

Ontem a noite eu tive um sonho esquisito. Sonhei que estava nu, aos amassos, com jesus cristo. Dito isso, insisto. Preferia deitar com uma fêmea do que cometer tamanha blasfêmia. Mas fazer o quê? Se a igreja sempre fode você. Agora é a vez dela aprender. O sexo foi só um artificio. Nos masturbamos com um crucifixo. Mas o filho de deus é um porco machista, depois de gozar, nos regurgita. Blérg! Igual a linda blair em o exorcista. Ter fé em quê? Por quê? Alguém me explica. Por acaso o verdadeiro amor ressuscita?

domingo, 14 de novembro de 2010

maravilhoso monstro de marshmallow

Sinto saudade das mãos gordinhas.
Da barriga branca, das dobrinhas.
Sempre que assisto chaves lembro você.
Nem me pergunte o porquê.

Pra mim você é um maravilhoso monstro de marshmallow
Profundo, largo, pesado. É o meu submarino amarelo.
Não resisto a tua voz, às vezes baixa, às vezes rouca.
Só de ouvir teu nome, os lábios tremem na minha boca.

Só não sei se gosto mais de você ou de mil folhas.
Pra um gordinho essa é a mais difícil das escolhas.
Mas aí vem ele com aquela camiseta do colorado
E logo imagino um delicioso sundae caramelizado.

Não vivo sem o teu sorriso de quindim.
Inefável tal qua borboletas no jardim.
O creme nas tuas bochechas me faz rir.
Amarga hora em que te deixei partir.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

caixões confortáveis

O poeta escreve porque seu coração está em agonia.
Cansou de tossir pedaços do pulmão e sangue, na pia.
Sente falta de algo que não bate mais em seu peito, que ironia.
Há bem pouco tempo sorria sinônimos de alegria.

Ele sofre calado, a dor sufoca, mata por asfixia.
É pior do que ser abusado pelo santo padre.
Em solo sagrado,
Na sacristia.

Quem olha de fora, acha idiota, vira a cara, ri.
Quando me perguntam o que houve? Respondo: morri.
Digo que o destino é um tratante.
E que cansei dessa vida de roda gigante.

Quero tomar café ao teu lado.
Fazer compras no supermercado.
Saber das paixões do teu avô.
Aquele velho safado.

Vamos terminar o que começamos.
Nem que para isso eu espere anos.
Sei de uma clínica que congela cadáveres.
Os caixões são até confortáveis.

caligrafia

Preciso atualizar meu blog de poesias, bem que eu queria. Mas sem o meu amor, aqui, todo dia, a tristeza castra a minha caligrafia :)